29/11/10

Ás vezes

As vezes sou poeira nas margens da vida,
As vezes, rastilho de amores e paixão
As vezes sou frágil... Outras destemida
As vezes sou sim... Outras vezes, sou não.

As vezes feneço... Outras vezes renasço
As vezes caminho, sem medo no escuro
As vezes sou livre... Outras, só um pedaço
Do muito que sei que sou e procuro.

As vezes sou mingua e noutras, sobejo
E entre ambas não sei se sou coisa alguma
As vezes sou o excesso daquilo que desejo
Outras vezes, o raio que desfaz a bruma.

As vezes sou o eco sumido dos passos
Que dou sem saber a que lugar pertenço
Outras vezes, o poldro fugindo aos laços
E tantas vezes, loucura ao invés de bom-senso...






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